Itália discute retornar patrocínio de cassinos online no esporte
Governo italiano avalia retomar patrocínios de casas de apostas em todos os esportes. A medida seria para ajudar o país antes dos Jogos Olímpicos de Inverno de Milão-Cortina, que será em fevereiro de 2026.
A liberação pode gerar até 150 milhões de euros por ano à primeira divisão do futebol italiano.
O projeto de lei com a versão final da proposta será enviado ao parlamento italiano ainda em setembro de 2025.
Resumo da notícia:
Governo italiano avalia liberar novamente patrocínio de cassinos online em esportes, visando investimentos para os Jogos Olímpicos de 2026
Alterações no Decreto Dignidade permitiriam até 150 milhões de euros por ano (quase R$1 bi) em contratos para a Serie A
Nova lei prevê redução de operadores licenciados, imposto de 1% e uso da arrecadação para modernizar estádios e promover jogo responsável
Proposta conta com apoio político e deve ser apresentada ao Parlamento até setembro para aprovação
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Cassinos online podem voltar a patrocinar eventos esportivos da Itália
O governo italiano avalia retornar a liberação de patrocínio de cassinos online em todos os esportes do país.
A proposta foi apresentada pelo ministro do Esporte da Itália, Andrea Abodi, com o propósito de melhorar os investimentos para os Jogos Olímpicos de Inverno de Milão-Cortina, programados para fevereiro de 2026.
Com as alterações no Decreto Dignidade, em vigor desde 2018, federações e clubes poderão receber os investimentos das casas de apostas.
Atualmente, o decreto proíbe qualquer forma de patrocínio esportivo por parte de cassinos online ou plataformas de apostas.
Um exemplo é a Inter de Milão (foto), que é patrocinada pela Betsson. No entanto, a operadora de apostas estampa na camisa da Inter a marca do Betsson.Sport, uma plataforma de conteúdo esportivo para torcedores.
Com a revogação, a Lega Serie A, como é conhecida a primeira divisão do futebol italiano, pode receber até 150 milhões de euros por ano por meio de novos contratos de publicidade.
Como funciona a proposta italiana?
Como era de se esperar, a proposta permite acordos apenas com cassinos online legalizados e dentro de regras rígidas impostas pelo país europeu.
A mudança na lei também altera o número de casas de apostas licenciadas na Itália, reduzindo de 81 para 46 o número de operadores.
O novo decreto também prevê um novo imposto de 1% sobre a receita líquida obtida com patrocínios ligados a jogos de apostas.
Com o valor arrecadado, o governo italiano, liderado pela primeira-ministra Giorgia Meloni, pretende modernizar estádios, principalmente para jogos do futebol feminino e da base.
Campanhas de conscientização sobre o jogo responsável também fazem parte do pacote.
Patrocínio de cassinos tem apoio político
O ministro do Esporte afirmou que a ideia vem por necessidade econômica. Segundo Andrea Abodi, “esta questão exige clareza ideológica. O desafio de limitar o vício em jogos de apostas é sério. Acredito que uma solução responsável pode equilibrar a lógica econômica com a consciência social”.
Já existe um apoio Conselho de Ministros da Itália para a medida ser aceita, juntamente com setores do Judiciário, que reclamam de disputas relacionadas a contratos suspensos desde a criação do Decreto Dignidade.
Um projeto de lei deve ser entregue ao Parlamento italiano até o fim de setembro. Se aprovado, a estratégia do governo italiano para conseguir investimentos e melhorar problemas estruturais antigos do esporte nacional deve funcionar.
O governo italiano já fez um esboço do decreto, que conseguirá modernizar as instalações esportivas italianas antes dos Jogos Olímpicos de Inverno de Milão-Cortina.
Ainda não foi definido como ficará a questão da exibição de publicidades seja em qualquer via, como canais de TV e internet, nem a fiscalização e monitoramento.
É previsto que federações e clubes sejam consultados nos próximos meses, junto com uma consulta pública, para finalizar este novo marco regulatório.
Itália pode se inspirar no Brasil
O caso brasileiro certamente pode servir de inspiração para a Itália no quesito liberação de patrocínios de cassinos e plataformas de apostas a eventos esportivos.
Para se ter uma ideia, por aqui, com a regulação do setor, os cassinos online tomaram conta dos patrocínios das principais equipes de futebol.
Tanto que neste ano, todos os 20 clubes da Série A do Brasileirão têm algum tipo de patrocínio de plataformas de apostas.
Se formos contar o patrocínio master, aquele que aparece em maior destaque, apenas o Mirassol é quem não tem.
Países europeus vão para lados opostos na liberação
Assim como a Itália, a França também pensa em liberar os cassinos online a partir de 2026, podendo lucrar mais de 1 bilhão de Euros em impostos.
A legislação francesa já permite apostas online em esportes e em jogos poker, mas jogos específicos de cassino (como blackjack e roleta) ainda são proibidos e operam de forma ilegal.
No país dos Jogos Olímpicos de 2024, no entanto, o problema é outro. Os operadores de cassinos físicos reclamam que tiveram uma grande perda de receita e de empregos.
Os debates continuam, e uma definição deve sair somente no ano que vem, adiando a possível liberação.
Por outro lado, Bélgica, Espanha e Países Baixos estão aumentando suas restrições à publicidade e ao patrocínio de casas de apostas.
Na Holanda, por exemplo, está proibido divulgar qualquer cassino online desde o dia 1º de julho deste ano. Segundo a KSA, agência reguladora holandesa, a maioria dos clubes da Laranja Mecânica apoiou a restrição.
Conclusão: Itália pensa em retornar patrocínio de cassinos online no esporte
O governo italiano avalia revogar a proibição de patrocínios de cassinos online em esportes, proposta pelo ministro do Esporte, Andrea Abodi, visando impulsionar investimentos para os Jogos Olímpicos de Inverno de 2026 em Milão-Cortina.
A mudança no Decreto Dignidade, vigente desde 2018, permitirá que federações e clubes recebam patrocínios de cassinos legalizados, podendo gerar até 150 milhões de euros anuais para a Lega Serie A, nome oficial da elite do futebol italiano.
A proposta mantém regras rígidas, reduzindo o número de operadores licenciados de 81 para 46 e instituindo um imposto de 1% sobre receitas de apostas.
Os recursos arrecadados serão usados para modernizar estádios, especialmente para o futebol feminino e de base, além de campanhas de conscientização sobre jogo responsável.
A medida busca equilibrar benefícios econômicos e responsabilidade social, com apoio do Conselho de Ministros e setores do Judiciário, e uma lei deve ser apresentada ao Parlamento até setembro.
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Fato verificado por Luiz Chiqueto
Gerente de Conteúdo