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Brasileiros gastam em média R$164 por mês com bets

Os apostadores brasileiros gastaram, em média, R$164 por mês no primeiro semestre de 2025, totalizando R$17,4 bilhões em Receita Bruta (GGR) para as empresas licenciadas.

Os dados são de um relatório divulgado pelo Ministério da Fazenda, que aponta que 17,7 milhões de brasileiros apostaram no período, sendo 71% homens.

Resumo da notícia:

  • Cada apostador gastou um pouco mais de R$160 por mês em apostas no 1º semestre de 2025

  • Governo arrecadou mais de R$6 bilhões no período

  • 17,7 milhões de brasileiros apostaram no período, segundo o Ministério da Fazenda

  • Segundo o governo, 71% são homens e apenas 29% são mulheres

gastos dos brasileiros com apostas online foi de aproximadamente R$160 por mês no primeiro semestre de 2025
Foto: Daniel Dan/Unsplash

Gasto médio do apostador ativo no Brasil é de R$164 por mês

O gasto médio dos apostadores ativos no Brasil atingiu R$164 por mês no primeiro semestre de 2025, somando cerca de R$983 por semestre por jogador.

Segundo o Ministério da Fazenda (MF), o desembolso real dos brasileiros impulsionou a Receita Bruta (GGR) das plataformas legalizadas para R$17,4 bilhões no período.

Esta quantia corresponde ao total das apostas realizadas, deduzidos os prêmios pagos, o que pode ser entendido como o desembolso real dos apostadores no período.

Os dados foram divulgados pelo próprio MF, que é a pasta responsável pelo setor de apostas de quota fixa (bets e cassinos online) desde a implementação da nova lei.

Conforme a conferência de imprensa de arrecadação da Receita Federal referente ao mês de junho, a coleta das empresas de apostas atingiu aproximadamente R$3,8 bilhões no primeiro semestre de 2025.

Esse dado engloba os valores recolhidos pela Receita, incluindo impostos federais como o IRPJ, CSLL, PIS/Cofins e Contribuição Previdenciária, além dos 12% das alocações sociais determinadas na Lei 14.790/23, que somaram R$2,14 bilhões.

Adicionalmente, a SPA coletou aproximadamente R$2,2 bilhões referentes às outorgas de permissão pagas pelos agentes operadores autorizados e cerca de R$50 milhões em taxas de supervisão também quitadas pelas empresas do setor, no primeiro semestre.

Gastos representam menos de 11% do salário mínimo

A estimativa mensal de gasto do brasileiro com bets no primeiro semestre do ano corresponde a exatos 10,8% do salário mínimo, que em 2025 foi reajustado para R$1.518.

Esse dado vai de encontro a um projeto de lei do senador Humberto Costa (PT/CE), que quer limitar a 1 salário mínimo o gasto mensal do brasileiro em casas de apostas.

Este PL também quer estabelecer limites máximos de apostas por dia, semana e mês, além de aumentar de 18 para 21 anos a idade mínima legal para apostar.

Perfil dos apostadores

Dos 17,7 milhões de brasileiros que aproveitaram o primeiro semestre para apostar, 71% são homens e 29% são mulheres, segundo o primeiro relatório semestral do Sistema Geral de Gestão de Apostas (Sigap) do Ministério da Fazenda.

O sistema recebe, diariamente, informações de todas as apostas efetuadas pelas 76 empresas autorizadas a explorar apostas de quota fixa.

Veja o perfil do apostador por faixa etária:

  • 18 a 25 anos são 22,4%

  • 25 a 30 anos: 22,2%

  • 31 a 40 anos: 27,8%

  • 41 e 50 anos: 16,9%

  • 51 a 60 anos: 7,8%

  • 61 a 70 anos: 2,1%

“O nosso propósito é, a partir de agora, realizar divulgações periódicas da atuação da SPA e da evolução do mercado de apostas de quota fixa no Brasil", destacou Regis Dudena, secretário de Prêmios e Apostas do Ministério Federal.

Segundo ele, esta divulgação cumpre "o compromisso deste governo com a transparência e, acima de tudo, prestando contas à sociedade sobre as incumbências do Estado e dos agentes privados", finalizou.

Visão geral e ações regulatórias

Após mais de um semestre de operação do mercado regulado de apostas de quota fixa no Brasil, com 78 companhias licenciadas e supervisionadas, a Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda (SPA-MF) divulgou um panorama detalhado do segmento e assinalou progressos na salvaguarda dos apostadores e da economia.

Neste ano, os dois principais propósitos da SPA têm sido assegurar que as empresas autorizadas cumpram o arcabouço regulatório e combatam o mercado ilícito.

A SPA encerrou o primeiro semestre totalizando 15.463 páginas removidas do ar pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), desde outubro de 2024.

Além disso, a SPA registrou que 17,7 milhões de brasileiros fizeram apostas nos sites e aplicativos das 182 bets permitidas pela Secretaria.

“Este levantamento possui uma relevância fundamental para a regulação. São elementos concretos relativos à atividade regulatória, abordando temas como fiscalização, controle, além dos primeiros números, que retratam a realidade, e não apenas estimativas”, disse Dudena.

“A partir daqui, o debate sobre o mercado de apostas de quota fixa no Brasil poderá ocorrer com dados ainda mais sólidos, favorecendo avançarmos com a regulação com base em provas”, complementou.

Evolução da regulamentação e combate à ilegalidade

Legalizado desde 2018, mas sem a devida regulamentação até 2022, o mercado de apostas no Brasil expandiu sem controle.

A partir de 2023, começaram a ser aplicadas novas normas, que foram divulgadas em grande parte em 2024 e, desde o início de 2025, estão todas vigentes e com o cumprimento sendo monitorado.

Dos 66 procedimentos de fiscalização envolvendo 93 bets, em 35 foi determinada a aplicação de penalidades ao longo do semestre.

Além do bloqueio de sites irregulares, outras duas vertentes de confronto ao mercado ilegal são a supervisão e fiscalização das entidades do sistema financeiro, que não podem efetuar transações para empresas de apostas não licenciadas.

Também tem o enfrentamento à propaganda realizada por agentes operadores de apostas ilegais, contando inclusive com colaboração das principais plataformas de busca e redes sociais.

Ações no sistema financeiro

No sistema financeiro, um ajuste com o Banco Central definiu que a responsabilidade de monitorar, fiscalizar e, eventualmente, aplicar sanções às instituições financeiras (IFs) e de pagamentos (IPs) cabe à SPA-MF.

A Secretaria exigiu que instituições que estavam transacionando com o mercado ilícito encerrem as contas desses clientes e que notifiquem a SPA sempre que identificarem contas suspeitas de praticar essa atividade.

No primeiro semestre, 24 IFs e IPs realizaram 277 comunicações à SPA e fecharam as contas de 255 indivíduos, físicas e jurídicas, em decorrência do envolvimento com a prática irregular de apostas de quota fixa.

Nesse período, a SPA expediu ofício a 13 instituições de pagamento, solicitando informações e notificando para o encerramento de contas.

Como resultado, foi comunicado o encerramento de contas de 45 empresas que operavam no mercado não regulamentado de apostas de quota fixa.

Combate à publicidade ilegal

Na área da publicidade, o avanço foi o pacto com o Conselho Digital do Brasil - associação brasileira fundada que reúne oito das principais empresas de tecnologia no país, como Google, Meta, TikTok, Kwai e Amazon.

Com essa aliança, busca-se maior eficácia na derrubada da propaganda das empresas ilegais, bem como a detecção e remoção de perfis e anúncios divulgados como se fossem conteúdos naturais, desrespeitando as regras.

No combate à publicidade ilegal nas redes sociais, foram finalizados 120 processos, resultando na remoção de 112 páginas de influenciadores e mais 146 publicações.

Conclusão: Brasileiros gastam em média R$160 por mês nas casas de apostas

O mercado regulado de apostas de quota fixa no Brasil gerou uma Receita Bruta (GGR) de R$17,4 bilhões no primeiro semestre de 2025, o que representa o gasto real dos apostadores. A média de gasto por jogador ativo foi de cerca de R$983 no período.

A arrecadação total para o governo (Receita Federal e SPA) superou R$6 bilhões. A Receita Federal coletou aproximadamente R$3,8 bilhões em impostos e contribuições (incluindo R$2,14 bilhões para destinações sociais).

Além disso, a SPA recolheu R$2,2 bilhões em outorgas e R$50 milhões em taxas de supervisão.

O primeiro relatório semestral do setor indicou 17,7 milhões de apostadores brasileiros. Destes, 71% são homens, e a faixa etária predominante é de 31 a 40 anos (27,8%).

O governo planeja divulgar esses dados periodicamente para garantir transparência e prestar contas à sociedade.

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Jorge Lima

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334 Artigos
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Fato verificado por Luiz Chiqueto

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