Pesquisa: Mulheres são maioria entre apostadores de cassino online
As mulheres, principalmente entre 18 e 39 anos, com ensino superior, da classe média e que moram em São Paulo, Bahia ou Rio de Janeiro, são a maioria entre apostadores nos cassinos online brasileiros.
O estudo foi produzido pela Associação de Mulheres da Indústria de Gaming (AMIG), e a KTO.
Resumo da notícia:
Mulheres são a maioria entre apostadores em cassinos online.
Pesquisa informa que o público feminino corresponde a 51% das contas.
O perfil médio é mulher de 18 a 39 anos, classe média e com ensino superior.
70% delas utilizam as plataformas por diversão, com limite e sem impulsividade
Número de apostadoras cresce e já é maior que a quantidade de homens em cassinos online
Mulheres se tornam a maioria entre apostadores em cassinos online no Brasil, de acordo com estudo feito pela Associação de Mulheres da Indústria de Gaming (AMIG), em parceria com a KTO.
O estudo feito com 550 entrevistados diz que 51% das contas cadastradas são do público feminino. Apesar de não termos muitos números deste novo setor regulamentado, é a primeira vez que vemos as mulheres na frente.
A pesquisa também traz outros números relevantes. 81,3% das jogadoras têm entre 18 e 39 anos, refletindo um grupo jovem e digitalmente engajado.
Majoritariamente da classe média, 53% das entrevistadas têm nível superior completo e fazem o acesso por meio de dispositivos móveis, indicando a importância dos apps e plataformas otimizadas para celulares.
Pensando em Geografia, o estado de São Paulo é a maior concentração de mulheres apostadoras, com 10,26%. As baianas vêm logo em seguida, com 8,49%, enquanto as cariocas surgem em terceiro, tendo 4,94% do público feminino.
Já sobre a frequência de apostas, 40% delas afirmam apostar semanalmente, sendo a maioria (54,8%) em apostas esportivas.
Segundo a pesquisa, 22,3% utiliza os caça-níqueis, 21,6% loteria, 14,1% jogos de cassino como a roleta, 13,4% jogos de carta (pôquer e blackjack, por exemplo) e 9,5% bingo.
Dentre esses valores, 12% das mulheres informam que apostaram exclusivamente em esportes, sendo 65% em futebol, 16% em basquete e 14% em tênis.
Gastos e controles financeiros femininos
Uma característica das mulheres que merece destaque é a responsabilidade financeira que a maioria tem no momento de apostar.
De acordo com a pesquisa, 28% do público feminino gasta até R$ 100 por semana. Já 6% utiliza entre R$ 100 e R$ 200, sendo que apenas 3% diz que ultrapassa os duzentos reais.
Ou seja, as mulheres tendem a estabelecer limites mais rígidos para seus gastos, sem usar a compulsividade na hora de apostar, diz os números.
Elas também estão mais propensas a utilizar as ferramentas de autoexclusão e controle que os cassinos online oferecem.
O estudo perguntou os motivos das apostas e 70% das mulheres disseram que utilizam as plataformas de aposta principalmente por diversão e para socializar com amigos.
Ou seja, 30% do público faz pensando em investir, analisando estatísticas e estratégias. Algo não recomendado para quem busca o jogo responsável.
“Mercado precisa evoluir”
João Fraga, CEO da Paag, techfin que oferece soluções tecnológicas para o segmento iGaming, diz que o setor de apostas online precisa pensar fora da caixa e sair do básico, onde apenas homens estão presentes.
“As apostas esportivas sempre foram desenhadas com foco no público masculino. O crescimento da participação feminina mostra que o setor precisa evoluir”, diz Fraga.
E os números não mentem. Segundo o estudo da AMIG e da KTO, 85% das mulheres dizem ter entendimento claro sobre apostas simples, enquanto 55% informa que têm alguma conhecimento sobre probabilidades.
No entanto, 48% delas afirmam que não sabem ou não usam betbuilder/bets cumulativas. Apesar de não termos números sobre, é capaz que muitos homens também não sabem.
De acordo com Simone do Vale, Maria Paula Nascimento e Priscila Ferreira, produtoras da pesquisa e funcionárias da KTO, o estigma social associados às mulheres que apostam ainda é um obstáculo, já que o iGaming historicamente é dominado por homens.
Muitas plataformas não são projetadas para atrair o público feminino, além de que falta comunidades e espaço voltado para mulheres apostadoras.
Elas, pelo meio do estudo, finalizam que o mercado de apostas femininas está em plena expansão e os números mostram que elas são engajadas, só faltando a oportunidade.
Elas conhecem do assunto
No quesito conhecimento sobre apostas, 11% das mulheres se acham iniciantes, 20% intermediárias e apenas 8% avançadas.
Já 56% diz que se prepara antes dos eventos ao vivo para fazer sua fezinha, enquanto 11% tira de 30 minutos a 1 hora do dia pra tentar fazer o melhor prognóstico e sair vencedora.
Se pensarmos em fontes de informação, 20% das apostadoras buscam notícias esportivas, enquanto 19% acreditam no conhecimento próprio somado a intuição e 16% conversa com amigos e familiares.
Para Priscila Ferreira, "uma das descobertas mais valiosas foi perceber como o acesso à informação e à educação sobre apostas empodera as jogadoras. O público feminino já não pode mais ser tratado como coadjuvante”.
Já Maria Paula Nascimento conclui. “Entender o comportamento e as preferências das apostadoras brasileiras é essencial para a sustentabilidade do mercado de iGaming. Afinal, somos maioria da população brasileira".
Conclusão
As mulheres representam a maioria entre os apostadores em cassinos online no Brasil, com 51% das contas cadastradas, segundo estudo da AMIG e KTO.
A maioria tem entre 18 e 39 anos, é de classe média, com nível superior e acessa via celular. São responsáveis financeiramente, gastando até R$ 100 por semana em sua maioria, e apostam principalmente por diversão e socialização.
Elas são engajadas, com conhecimento variado sobre apostas, e usam ferramentas de controle financeiro.
O crescimento feminino revela a necessidade que o setor precisa evoluir, criar comunidades específicas e oferecer plataformas mais inclusivas, reconhecendo o potencial e o protagonismo das mulheres no mercado de iGaming.
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Fato verificado por Luiz Chiqueto
Gerente de Conteúdo